19 de abril de 2010

Um eu diferente de mim

Porque talvez o mundo seja apenas eu. Porque talvez o mundo seja apenas eu e os meus próximos, excuindo todos os outros. Porque talvez o mundo seja aquilo que eu quero que seja. Porque talvez o mundo seja tudo o que não é. Porque eu talvez seja aquilo que sou no mundo.
Um olhar basta para perceber a imensidão da complexidade do mundo. No entanto, um olhar não basta para o olhar, um olhar não basta para o perceber. Mas para quê perceber? Para quê tentar perceber um mundo se, por vezes, nem a mim me entendo, nem a mim me estipulo. Quero que o mundo seja meu, quero que seja como o quero e como o determino. E é! É-o sem eu perguntar porquê. É uma imensidão de lodo e poeira corrente que fere os olhos ao minimo contacto, mas é! É o meu mundo, concepcionado e adorado pela minha mente penetrante que nada mais sabe se não perguntar.É, de certeza o mundo que eu interpreto e, dia após dia, construo, sem margens, sem limites, apenas comigo. Comigo e com todos aqueles que Quero que dele façam parte, (in)felizmente com alguns aparecimentos constragedores com os quais eu tento gozar e ridicularizar, pois mais nada me sugere.
O mundo é real quando sou eu a criar as minhas mais árduas dificuldades e, penssando um "pensamento vazio de conteúdo", Pereira.J 2009, na sua totalizante impossibilidade crónica, eu sou eu. Sou alguém diferente daquele que todos os dias olha pela janela. Sou o mesmo que todas as manhãs acorda por acordar, sou eu.
Eu sou o meu mundo e o meu mundo sou eu com quem me quero. Mas atenção, não se pense que quero apenas por amor ou amizade. Não, quero por ódio e por constragimento, quero para acção, quero para destruição.
Sou eu, sim, eu! Um só eu apenas e só diferente de mim mesmo!

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