7 de abril de 2010

A questão do regresso

Não sei se tudo o que sucede me será novidade ou algo fora daquilo que é o ambiente, normalmente, comum. Não sei se aquilo que me abrange é a minha real realidade ou apenas uma mera reticência de um argumento falacioso que surge na superfície de uma conjuntura irónica de acontecimentos.
Tudo o que surge, talvez surja numa perspectiva destinada, num destino não programado e fragilizadamente acertivo. Contudo, tudo o que surge pode até, passado algum tempo, parecer que ficou ultrapassado, mas na realidade os acontecimentos futuros, na base da sua essência estrutural, têm algo que os relaciona com tudo aquilo que para trás ficou. O presente é uma réplica continuada do passado e uma firme base para o futuro. Assim, no meu ponto de vista, é fácil perceber a questão do regresso. O regresso é uma totalidade miticamente caracterizado por nada, por coisas que esquecemos e que deixamos enterradas numa solidão de ser e de existir.
Cada acto, cada regresso, pode ter a sua simbologia num simples gesto, num abraço. Um abraço companheiro, um abraço colectivo, um abraço!
O sentido de existir para regressar, é um sentido existencialmente fundamentado para que tudo aconteça e retorne, e retorne, e retorne...

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