22 de abril de 2010

Um dia não são dias

Uma simples questão de pasmaceira! Um dia igual a tantos outros, daqueles que já nem ontem nem mesmo, quem sabe, nunca existiram. Um dia existencialmente fundamentado na felicidade lamechas de uma sociedade vidradamente ofuscada pelo horizonte inabalavelmente inatingível. Um dia, mais um dia tão igual e tão diferente. Um dia que apenas parece iludir algum sentimento já existente e preponderantemente assertivo que é o ódio. Não me deixo cair em cantigas de amigo ou cantigas de amor. Continuarei, bruscamente, na tentativa de desmoronar, não um muro de Berlim, nem uma questão biologicamente podre, mas sim todos os actos que se cometem como estando a ter um orgasmo, de tanto prazer que lhes dá visionar e construir o desprazer de outros. Mas aqui, aqui os pequenos gritinhos e gemidos são fundamentalmente centralizados numa questão crônica que é, somente, histeria. Não há paciência! O mundo parece, sempre, desatinar e tudo o que mais quero é desatinar mais rápido que ele para sempre poder dizer que estarei mais à frente. É, talvez, uma questão de orgulho, talvez aquilo que mais me define. Orgulha-me ser aquilo que ninguém espera que eu seja, em determinado momento, sendo igual a mim mesmo e igual a tudo o que sempre fui.
Apesar de tudo sei, sei que um dia não são dias! No entanto, eu estou aqui para todos e cada um!

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