16 de abril de 2010

Quando uma ponte não tem fim

É difícil, ou até mesmo impossívelmente possível olhar um destino inatingível. É um sonho, uma miragem, uma ponte que não tem fim. É, em absoluto, o contrário da vida. É algo sem fim momentâneo, sem vista futura. É nem sei bem o quê!
A sua forma é torcida, seus traços rebuscados. É o que não sei dizer!
Projecto no horizonte uma mente aberta ao espanto, um sonho idealizado. Não sei bem o que projectar.
Toco numa das suas pontas e sinto prazer, prazer que apenas, e quem sabe talvez não, Freud pode entender. Não sei o que toco!
Sou atraiçoado pela verdadeira hipótese sensitiva, não me controlo. Estou enraivecido!
Ao olhar em volta nada vejo a não ser decadência. Decadência sentimentalmente projectada, tudo o que existe não vale nada!
Riu-me, riu porque não sei se hei-de chorar, outrora já me apeteceu, mas agora, agora e sempre, vou enfrentar. Caminhar por uma ponte que sei não ter fim, uma ponte para a vida, com a vida, uma ponte que mais ninguém pode passar.
Sim, és tu! És um tormento que não sei bem o que és. És a obecessão, a burrice, a estupidez e a melancolia. A melancolia que os meus olhos vêem quando apareces, algo tapada com uma capa raivosa que nada mais cobre, a não ser um horrendo sentido!
Sonhas ser o que outro tem, mas não passas de uma podridão excremental deixada ao sol, completamente seca e pisada.
Não tem forma, mas já sei no que toco e o que projecto. É uma história, uma história com fins desfindados que nunca finadará e o prazer, esse é ódio!


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