19 de maio de 2010

Uma fuga até mim

Tenho de fugir! Sinto necessidade de, cada vez mais, me enquadrar em mim e em tudo aquilo que sou. Não consigo perceber este mundo patético e verdadeiramente “inconcebido”, onde a grande maioria se afunda numa profunda crise de valores, de ética e, porque não, de valores éticos. Não, não sou pessimista, mas de facto tentam manear um mundo que colocam de pernas para o ar como um belo atleta de ginástica.
Para alem de tudo, aquilo que mais me custa é o facto de as pessoas serem facilmente habituáveis e o Homem ser um animal de hábitos. Tudo isto leva a que, mesmo uma parte que contrapunha a realidade mais sonante, se vai juntando a eles, a eles, um “alguéns” que não conseguem vencer. Já lá dizia o ditado...
Na melhor das hipóteses, recebemos Sua Santidade, gastando balúrdios e ignorando uma série de “pormaiores”, relativos a muitos aspectos da realidade de cada indivíduo, mas na pior, na pior verificamos o Exmo. Sr. Presidente da República Portuguesa, a deixar bem claro que se não fosse a actual situação económico-financeira do pais, decidia e fundamentava, relativamente à temática do casamento entre pessoas do mesmo sexo, baseando-se em posições afincadamente pessoais. E isto apenas num curto e estreito rectângulo constituinte da península Ibérica que faz companhia à Espanha e que talvez, em posição de mapa, lhe coce as costas.
É-me muito complicado entender este mundo, quero o meu, anseio por estar dentro de mim, comigo e mais “migo”, podendo reger a minha loucura pela minha loucura. Necessito fugir, tenho necessidade de fuga, de fuga para mim, bem para dentro de mim!


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