8 de maio de 2010

Quando o sentimento identitário não passa de uma questão despida

Porque para nos sentirmos não precisamos de pensar. Porque para nos identificarmos, o pensamento não é necessariamente afincado. Eu sinto-me e sinto o mundo, espelho-me nele e nunca o espelho em mim. Apesar da enorme subjectividade de conceitos, o mal fica de fora e eu com ele fico, combatendo, lutando, exercendo-me sem esperar por ninguém.
Passo na rua e perguntam-me quem sou. De imediato a resposta surge como se de algo inato se tratasse, mas não, eu sou eu e com toda a raiva e determinação o digo dizendo que mim sou no mundo em que estou. Exalto-me, olho e nada vejo a não ser uma sociedade despida, despida de rigor ético e moral, uma sociedade numa intensa crise de valores e de mentalidade. Não se enganem, meus amigos, o hoje é hoje e não o ontem, avancemos. Uma sociedade despida de muita coisa que nem pele sei se possui, uma sociedade por demais cruel, onde a crueldade chega a ser materno-paternal. Ridiculamente existente!!
Estou desasado, não sei para onde me virar, mas para a frente sei que é o caminho, sem cobardias, sem fugas, sem medos. Vamos evoluir!
Ao perguntarem-nos quem somos, na realidade, nós apenas costumamos dizer o nome, sendo muito mas muito mais do que isso. Dia após dia construímos uma identidade poderosa que se sustenta numa moratória incrivelmente fabulosa, capaz de combater a crise, a crise social. Sim, não somos ninguém sem socialização, não somos ninguém sem os outros, mas eu sou eu mesmo com os outros em meu redor.
Porque quando o sentimento identitário não passa de uma questão despida é tempo de mudança e de combate, é tempo de ser tempo, é tempo de ser eu! Mas, cuidado, a minha construção fez-se e far-se-á, mas há muitos(as) que são despidos por natureza e a esses, nem o nome lhes fica bem!




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