13 de março de 2010

As questões de todos os dias

Pensar, viver, morrer, existir, algumas palavras que, de uma forma constante, nos abrangem em forma de questões. Questões às quais, muitas vezes, não conseguimos dar respostas. E para quê procurá-las? Para quê fazê-lo se sabemos de ante-mão que todas as respostas que vamos encontrar nos aparecerão em estrutura de questão?
A vida baseia-se em questões que encontram como respostas outras simples questões. O conhecimento parece não evoluir e, no entanto, devemos aprender que tudo quanto seja conhecimento se busca partindo de conhecimento já existente e todas as obtenções não passarão de meras interrogações e mais interrogações.
Caro leitor, limite-se a tentar compreender o que é a morte e o que é a vida ou o que é o bem e o que é o mal. Pois bem, se não fosse o simples complexo sentido bipolar de cada conceito mencionado, talvez não conseguissemos, sequer, abrir a boca para definir. Apenas sabemos que bem é o contrário de mal e vida o contrário de morte, todas as demais palavras são apenas complementos sem qualquer tipo de complementaridade.
Posto isto, tudo o que alcançamos, podemos concluir que nos lança na continuidade infinita de uma rampa sem fim, onde todos nós entramos por mais banal que seja o elemento a conhecer, mas será que chegamos a conhecer? Sim, apenas usemos o olhar, o tacto, o olfacto, o paladar e podemos ter certezas que tudo quanto precisamos saber está claro e conciso. Olhemos apenas para o carácter sensorial.
Por fim, e porque não podia deixar de ser, deixo, aqui, mais uma "questão de todos os dias": Será a vida apenas um preparativo para a morte? Pereira. J., 2009

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