Pensar, viver, morrer, existir, algumas palavras que, de uma forma constante, nos abrangem em forma de questões. Questões às quais, muitas vezes, não conseguimos dar respostas. E para quê procurá-las? Para quê fazê-lo se sabemos de ante-mão que todas as respostas que vamos encontrar nos aparecerão em estrutura de questão?
A vida baseia-se em questões que encontram como respostas outras simples questões. O conhecimento parece não evoluir e, no entanto, devemos aprender que tudo quanto seja conhecimento se busca partindo de conhecimento já existente e todas as obtenções não passarão de meras interrogações e mais interrogações.
Caro leitor, limite-se a tentar compreender o que é a morte e o que é a vida ou o que é o bem e o que é o mal. Pois bem, se não fosse o simples complexo sentido bipolar de cada conceito mencionado, talvez não conseguissemos, sequer, abrir a boca para definir. Apenas sabemos que bem é o contrário de mal e vida o contrário de morte, todas as demais palavras são apenas complementos sem qualquer tipo de complementaridade.
Posto isto, tudo o que alcançamos, podemos concluir que nos lança na continuidade infinita de uma rampa sem fim, onde todos nós entramos por mais banal que seja o elemento a conhecer, mas será que chegamos a conhecer? Sim, apenas usemos o olhar, o tacto, o olfacto, o paladar e podemos ter certezas que tudo quanto precisamos saber está claro e conciso. Olhemos apenas para o carácter sensorial.
Por fim, e porque não podia deixar de ser, deixo, aqui, mais uma "questão de todos os dias": Será a vida apenas um preparativo para a morte? Pereira. J., 2009
13 de março de 2010
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