17 de fevereiro de 2010

O sentido do princípio

É de notar que, diariamente, todos nós somos confrontados com o significado e amplitude do princípio das coisas.
Na verdade, julgo sabermos reconhecer que tudo quanto nos aparece, tudo quanto acontece, tem um princípio. Mas será que sabemos mesmo? Será que é factual que o haja? Nada melhor do que um conjunto de questões para (não) responder a uma qualquer interpelação.
Por outro lado, cabe-me colocar uma dúvida minha. O que será o fim? Será, o fim, um tempo acabado, um sinal de barreira intransponível? Penssemos então na questão da morte. Por que razão, na nossa cultura, a morte é entendida como motivo de angústia, tristeza e, sobretudo, fim? Para mim, a resposta é simples. Tudo isto passa por uma tentativa, quem sabe involuntária, de egoísmo, porque para além de pensarmos que uma vida fica por ali, pensamos em nós e na nossa (in)capacidade de lidar e enfrentar todo o sucedido.
Resumidamente, é assim na vida, é assim com a vida, é assim para a vida!
Em suma, e numa tentativa de lançar este espaço que hoje se abre, digo-vos: este é um começo, um princípio, mas talvez, também,sempre, o fim de algo. Talvez por tudo isto, à medida que vamos progredindo no nosso pensamento e nas nossas faculdades, podemos dizer que vamos e andamos num caminho sem fim, mas talvez sem princípio. Um caminho sem marcas prévias e, portanto, sem luz, quer no princípio quer no fim!

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