23 de junho de 2011

Naturalmente Natural

Quando sentado num banco junto à praia, num local onde apenas do mar a areia me separa, as ondas tendem a cavalgar, reflectidas com o raiar do sol, numa direcção que, estranhamente, parece ser a minha.
Ao observar a realidade que patenteia a situação, ao perceber que a Natureza comanda aquilo que jamais será comandado, questiono-me, não sei bem porquê, sobre o que esconderá aquela imensidão de água, penetrado naquela estrutura lúcida e reluzente.
Sim, o vento vai soprando e, para além das cócegas que me faz nas narinas, obriga o imenso a tremer. Como serão estruturados os organogramas naturais? Existirão?
Enquanto estas inquietações continuam a perturbar-me, garanto ficar ofuscado com a quebra de garantias oferecidas pela individuakidae pessoal que tanto se impõe à fuga daquilo que é a sua essência: exactamente a mesma Natureza.
No rastreio áquilo que rodeia, cada um, por si só, apenas deseja a conjugação com os outros, na obtenção de um orgasmo social ofuscante e funcional enquanto esconderijo.

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