5 de janeiro de 2011

O Corredor do Vento, numa claustrofobia em si mesmo

Talvez um simples corredor, ou talvez não! Entramos no dilema do meio cheio ou meio vazio, do meio feito ou meio por fazer. De facto, na displicência da vida nem tudo nos faz sentido em certos momentos. Serão eles de horror ou de, simplesmente, pura vida?
Uma passadeira vermelha não tem,certamente, mas, não duvido que não passa de um corredor!
Sim, neste corredor alguém corre, corre como se sentisse que a viagem está a meio de acabar, mas esquece-se, ou faz por esquecer que ainda apenas meia está percorrida!
Alguém corre, corre e continua a correr, bravo, lutador, consciente e ambicioso, mas o sentimento fraco em si faz com que ele não seja eu!
Por vezes, quando mais empolgado, corre e faz correr, estraga penteados, acentua os olhos semi-fechados da generalidade, mantendo os meus, sempre, semi-abertos.
Claro, que vento tão duro e marcadamente vigoroso, que corredor tão profundo a percorrer!
Caríssimos, nesta questão do corredor, entre nós e o vento, a única diferença é que ele vive, morre e, sim, renasce. Já nós, por mais naturais que sejamos, deixemo-nos de clichés, chegamos a certa altura, na passagem pelo corredor, e aprendemos a morrer.
Honestamente, julgo que a bravura e desinquietação do vento se prende com o facto de estar "claustrofobicamente" inserido em si mesmo e não, eu não consigo sustentar.
O vento parece temer a sua essência, o seu verdadeiro ser. Todavia, eu apenas sei, concretamente, que a cobardia é vitalmente utilizada, mas sempre por mim criticada.
Na verdade, eu sei, sei que o caminho é sinuoso, qualquer que ele seja, mas talvez o vento me deixe os olhos sempre meios abertos!

Sem comentários:

Enviar um comentário