28 de março de 2011

Sentido (ir)real da Constituição

Simplesmente me apercebi que, de noite, o ambiente escurece, transformando-se, efectivamente, na realidade de quem o vive, apesar de por ele, apenas serem cumpridas as leis da natureza. Contudo, parece-me real que o dia não seja muito diferente. Talvez porque se viva de olhos fechados ou talvez não, mas, de facto, não me apercebo e passa-me completamente despercebida a claridade feliz e determinada.
Julgo que de nada valerá a constante tentativa de interpretar o impossível de interpretar. Na realidade, hoje sucede o que outrora ou amanhã não passará de absuleta miragem.
Profundamente desconhecido ou simplesmente ignorado, pelos cultos doutores intelectuais, parece-me inevitável falar da necessidade de revolução mental, sendo esta imperativa para qualquer coisa mais que se ambicione fazer.
Não me arrisco a dizer que se Camões cá viesse, hoje, ficaria chocado, apenas porque nada compreenderia e ninguém pode estagiar sobre algo desconhecidamente incorporado. Todavia, assim, nestas condições, eu, que ninguém sou, limito-me a dizer que tenho vergonha de pertencer a esta suposta civilização.